Tipo: LIVRO
Assunto / tema: Educação. Política. Sociologia.
Ideologia. Currículo.
Referência Bibliográfica: Cultura Popular e
Pedagogia Crítica: A
vida cotidiana como base para o conhecimento curricular. In: MOREIRA, A.
F.; SILVA, T. T. Currículo, Cultura e Sociedade.
10.ed. São Paulo:Cortez, 2008.
Resumo / conteúdo de interesse:
O capítulo 4 do livro de Moreira e Silva foi escrito
por Henry A. Giroux e Roger Simon e o tema tratado é sobre a reforma
educacional, sustentada pela influência de um secretário da educação americano
William Bennett, onde este ampliou a definição de escolarização que os
conservadores tinham ao reafirmar sua supremacia como guardiã da civilização
ocidental, e esta tradição é transmitida através de uma pedagogia livre das
incômodas preocupações com a equidade, justiça social ou a necessidade de
formar cidadãos críticos. Falar da escola é falar de dois lados bastante
importantes, um que defende a escola como forma social de ampliar as
capacidades humanas e a outra que fala que a pedagogia deve ser crítica e levar
em consideração a forma de repensar que as pessoas têm de suas experiências e
vozes. Os autores relatam que é desnecessário dizer que a cultura popular,
embora seja em geral ignorada nas escolas, não é uma força insignificante na
formação da visão que o aluno tem de si mesmo e de suas relações com diversas
formas de pedagogia e de aprendizagem. Os professores precisam encontrar meios
de criar espaço para um mútuo engajamento das diferenças vividas, que não exija
o silenciar de uma multiplicidade de vozes por um único discurso dominante; ao
mesmo tempo, devem desenvolver formas de pedagogia ancoradas em uma ética que
denuncie o racismo, o sexismo e a exploração de classes como ideologias e
práticas sociais que convulsionam e desvalorizam a vida pública. Os autores
ainda deixam claro no texto, que a pedagogia crítica jamais estará concluída;
suas condições de existência e possibilidade estão em constante alteração,
tendo em vista sua tentativa de se dedicar àquilo que “ainda não” se
concretizou, que ainda é possível e pelo qual vale a pena lutar.
Citações:
1-“Queremos intervir nesse debate afirmando que a
escola é um território de luta e que a pedagogia é uma forma de política
cultural”. (pag. 95)
2-“A cultura popular é organizada em torno do
prazer e da diversão, enquanto a pedagogia é definida principalmente em termos
instrumentais. A cultura popular situa-se no terreno do cotidiano, ao passo que
a pedagogia geralmente legitima e transmite a linguagem, os códigos e os
valores da cultura dominante”. (pag. 96)
3-“Como escreveu Tony Bennett: “Uma prática
cultural não carrega consigo a política que a gerou, como se esta houvesse sido
gravada a fogo para toda a eternidade; ao contrário, o seu funcionamento
político depende da rede de relações sociais e ideológicas em que está inserida
como consequência das formas pelas quais ela se articula com outras práticas,
em determinada conjuntura”. (Bennett, 1986: XVI)” (pag. 109)
Considerações do pesquisador (aluna):
A pedagogia diz respeito, a um só tempo, às práticas
em que alunos e professores podem juntos engajar-se à política cultural que
está por trás delas. É nesse sentido que propor uma pedagogia é formular uma
visão política. Precisamos de uma pedagogia cujos padrões e objetivos a serem
alcançados sejam determinados com metas e ampliação da capacidade humana e das
possibilidades sociais. E acredito nisso... Basta termos em nosso meio
educacional, profissionais dispostos a fazer a diferença!
Indicação da obra: Professores e pesquisadores na área da
educação.
Mais uma leitura bem explorada e registrada. Boa e importante consideração final!!!!
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