sábado, 6 de julho de 2013

FICHAMENTO DO CAPÍTULO: Cultura Popular e Pedagogia Crítica: A vida cotidiana como base para o conhecimento curricular (cap. 4)

Tipo: LIVRO

 Assunto / tema: Educação. Política. Sociologia. Ideologia. Currículo.

 Referência Bibliográfica: Cultura Popular e Pedagogia Crítica: A vida cotidiana como base para o conhecimento curricular. In: MOREIRA, A. F.; SILVA, T. T. Currículo, Cultura e Sociedade. 10.ed. São Paulo:Cortez, 2008.

 
Resumo / conteúdo de interesse:

 O capítulo 4 do livro de Moreira e Silva foi escrito por Henry A. Giroux e Roger Simon e o tema tratado é sobre a reforma educacional, sustentada pela influência de um secretário da educação americano William Bennett, onde este ampliou a definição de escolarização que os conservadores tinham ao reafirmar sua supremacia como guardiã da civilização ocidental, e esta tradição é transmitida através de uma pedagogia livre das incômodas preocupações com a equidade, justiça social ou a necessidade de formar cidadãos críticos. Falar da escola é falar de dois lados bastante importantes, um que defende a escola como forma social de ampliar as capacidades humanas e a outra que fala que a pedagogia deve ser crítica e levar em consideração a forma de repensar que as pessoas têm de suas experiências e vozes. Os autores relatam que é desnecessário dizer que a cultura popular, embora seja em geral ignorada nas escolas, não é uma força insignificante na formação da visão que o aluno tem de si mesmo e de suas relações com diversas formas de pedagogia e de aprendizagem. Os professores precisam encontrar meios de criar espaço para um mútuo engajamento das diferenças vividas, que não exija o silenciar de uma multiplicidade de vozes por um único discurso dominante; ao mesmo tempo, devem desenvolver formas de pedagogia ancoradas em uma ética que denuncie o racismo, o sexismo e a exploração de classes como ideologias e práticas sociais que convulsionam e desvalorizam a vida pública. Os autores ainda deixam claro no texto, que a pedagogia crítica jamais estará concluída; suas condições de existência e possibilidade estão em constante alteração, tendo em vista sua tentativa de se dedicar àquilo que “ainda não” se concretizou, que ainda é possível e pelo qual vale a pena lutar.

 Citações:

 
1-“Queremos intervir nesse debate afirmando que a escola é um território de luta e que a pedagogia é uma forma de política cultural”. (pag. 95) 

2-“A cultura popular é organizada em torno do prazer e da diversão, enquanto a pedagogia é definida principalmente em termos instrumentais. A cultura popular situa-se no terreno do cotidiano, ao passo que a pedagogia geralmente legitima e transmite a linguagem, os códigos e os valores da cultura dominante”. (pag. 96)

3-“Como escreveu Tony Bennett: “Uma prática cultural não carrega consigo a política que a gerou, como se esta houvesse sido gravada a fogo para toda a eternidade; ao contrário, o seu funcionamento político depende da rede de relações sociais e ideológicas em que está inserida como consequência das formas pelas quais ela se articula com outras práticas, em determinada conjuntura”. (Bennett, 1986: XVI)” (pag. 109)

 
Considerações do pesquisador (aluna):
A pedagogia diz respeito, a um só tempo, às práticas em que alunos e professores podem juntos engajar-se à política cultural que está por trás delas. É nesse sentido que propor uma pedagogia é formular uma visão política. Precisamos de uma pedagogia cujos padrões e objetivos a serem alcançados sejam determinados com metas e ampliação da capacidade humana e das possibilidades sociais. E acredito nisso... Basta termos em nosso meio educacional, profissionais dispostos a fazer a diferença!

Indicação da obra: Professores e pesquisadores na área da educação.

 

Um comentário:

  1. Mais uma leitura bem explorada e registrada. Boa e importante consideração final!!!!

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