Assunto / tema: Educação. Política. Sociologia.
Ideologia. Currículo.
Referência Bibliográfica: Formação do professor como uma contra-esfera
pública: A pedagogia radical como uma forma de política cultural. In: MOREIRA,
A. F.; SILVA, T. T. Currículo, Cultura e Sociedade.
10.ed. São Paulo:Cortez, 2008.
Resumo / conteúdo de interesse:
O capítulo 5 do livro de Moreira e Silva foi escrito
por Henry A. Giroux e Peter McLaren e trás no seu conteúdo o argumento de que
as escolas de formação de professores necessitam ser reconcebidas como
contra-esferas públicas. E que por essa razão, é necessário desenvolver
programas que eduquem os futuros professores como intelectuais críticos capazes
de ratificar e praticar o discurso da liberdade e da democracia. A educação do
professor raramente tem ocupado espaço público ou político de importância
dentro da cultura contemporânea, onde o sentido do social pudesse ser resgatado
e reiterado a fim de dar a professores e alunos a oportunidade de contribuir,
com suas histórias culturais e pessoais e sua vontade coletiva, para o
desenvolvimento de uma contra-esfera pública democrática. Muitos dos problemas
atualmente associados à formação de professores indicam a falta de ênfase, no
currículo dessa formação, na análise da questão do poder e de sua distribuição
hierárquica, bem como no estudo da teoria social crítica. Esta teoria social ajuda a desinvestir o
pensamento convencional sobre a escolarização de sua condição de discurso
objetivo e cientificamente fundamentado. Boa parte desse trabalho questiona a
visão ideológica do aluno como autor e criador de seu próprio destino,
descrevendo como a sua subjetividade está inscrita e posicionada em diferentes
textos pedagógicos. Um currículo para formação de professores, para ser uma
forma de política cultural, deve enfatizar a importância de tornar o social, o
cultural, o político e o econômico os principais aspectos de análise e
avaliação da escolarização contemporânea. Os autores mencionam que as escolas
incorporam representações e práticas que tanto estimulam quanto inibem o
exercício da ação humana no meio dos estudantes. Isso fica claro ao se
reconhecer que um dos fatores mais importantes na construção da experiência e
da subjetividade nas escolas é a linguagem, e esta não apenas posiciona
professores e alunos, mas também funciona como veículo por meio do qual eles definem,
mediatizam e compreendem suas relações uns com os outros e com a sociedade mais
ampla.
Citações:
Finalizando as reflexões sobre o
livro e seus capítulos, faço aqui minhas considerações sobre este capítulo e
sobre os demais. Fica claro que não são apenas os alunos que tem que ser
formados com qualidade, mas também o professor, por ser o mediador do
conhecimento. Para isso faz-se necessário acrescentar cultura crítica e social
nas escolas para esta atingir tanto o discente como o docente e modificar de
forma significativo e processo ensino-aprendizagem. Sendo assim, é impossível
deixar de lado o currículo e toda a sua influência na metodologia do ensino e
no comportamento dos profissionais educacionais. Mas que fique explícito aqui que
não se faz currículo sem a cultura e a sociedade. Então, que tenhamos ânimo
para colocar em prática um currículo organizado, coerente e sistematizado e que
atinja a todos trazendo excelência na educação.
Indicação da obra: Professores e pesquisadores na área da
educação.
Isso mesmo....O currículo é sempre encarnado numa certa cultura e numa determinada sociedade. Muito bom o seu fichamento!
ResponderExcluirBOM DIA! QUAIS AS PÁGINAS DESTE CAPÍTULO?
ResponderExcluir- Muito Otimo👏
ResponderExcluir