sábado, 6 de julho de 2013

FICHAMENTO DO CAPÍTULO: Formação do professor como uma contra-esfera pública: A pedagogia radical como uma forma de política cultural. (cap. 5)

Tipo: LIVRO  

Assunto / tema: Educação. Política. Sociologia. Ideologia. Currículo.

Referência Bibliográfica: Formação do professor como uma contra-esfera pública: A pedagogia radical como uma forma de política cultural. In: MOREIRA, A. F.; SILVA, T. T. Currículo, Cultura e Sociedade. 10.ed. São Paulo:Cortez, 2008. 

Resumo / conteúdo de interesse:

O capítulo 5 do livro de Moreira e Silva foi escrito por Henry A. Giroux e Peter McLaren e trás no seu conteúdo o argumento de que as escolas de formação de professores necessitam ser reconcebidas como contra-esferas públicas. E que por essa razão, é necessário desenvolver programas que eduquem os futuros professores como intelectuais críticos capazes de ratificar e praticar o discurso da liberdade e da democracia. A educação do professor raramente tem ocupado espaço público ou político de importância dentro da cultura contemporânea, onde o sentido do social pudesse ser resgatado e reiterado a fim de dar a professores e alunos a oportunidade de contribuir, com suas histórias culturais e pessoais e sua vontade coletiva, para o desenvolvimento de uma contra-esfera pública democrática. Muitos dos problemas atualmente associados à formação de professores indicam a falta de ênfase, no currículo dessa formação, na análise da questão do poder e de sua distribuição hierárquica, bem como no estudo da teoria social crítica.  Esta teoria social ajuda a desinvestir o pensamento convencional sobre a escolarização de sua condição de discurso objetivo e cientificamente fundamentado. Boa parte desse trabalho questiona a visão ideológica do aluno como autor e criador de seu próprio destino, descrevendo como a sua subjetividade está inscrita e posicionada em diferentes textos pedagógicos. Um currículo para formação de professores, para ser uma forma de política cultural, deve enfatizar a importância de tornar o social, o cultural, o político e o econômico os principais aspectos de análise e avaliação da escolarização contemporânea. Os autores mencionam que as escolas incorporam representações e práticas que tanto estimulam quanto inibem o exercício da ação humana no meio dos estudantes. Isso fica claro ao se reconhecer que um dos fatores mais importantes na construção da experiência e da subjetividade nas escolas é a linguagem, e esta não apenas posiciona professores e alunos, mas também funciona como veículo por meio do qual eles definem, mediatizam e compreendem suas relações uns com os outros e com a sociedade mais ampla.

 
Citações:

 1-    “O projeto de “fazer” um currículo como forma de política cultural para integrar um programa de formação de professores consiste em unir a teoria social radical a um conjunto de práticas estipuladas que permitam aos futuros professores desvendar e interrogar os discursos educacionais preferenciais, muitos dos quais foram inteiramente dominados por uma racionalidade instrumental hegemônica que limita ou ignora os imperativos de uma democracia crítica” (pag. 140)

 2- “Para que uma pedagogia crítica seja desenvolvida como forma de política cultural dentro da faculdade ou escolas de educação, é imperioso que se criem métodos de análise que não partam do pressuposto de que as experiências vividas podem ser automaticamente inferidas a partir de determinações estruturais.” (pag. 145)

 3- “O discurso da vida cotidiana também aponta para a necessidade de os educadores radicais verem as escolas como esferas culturais e políticas ativamente engajadas na produção da voz e na luta pela voz.” (pag. 75)

 Considerações do pesquisador (aluna):

Finalizando as reflexões sobre o livro e seus capítulos, faço aqui minhas considerações sobre este capítulo e sobre os demais. Fica claro que não são apenas os alunos que tem que ser formados com qualidade, mas também o professor, por ser o mediador do conhecimento. Para isso faz-se necessário acrescentar cultura crítica e social nas escolas para esta atingir tanto o discente como o docente e modificar de forma significativo e processo ensino-aprendizagem. Sendo assim, é impossível deixar de lado o currículo e toda a sua influência na metodologia do ensino e no comportamento dos profissionais educacionais. Mas que fique explícito aqui que não se faz currículo sem a cultura e a sociedade. Então, que tenhamos ânimo para colocar em prática um currículo organizado, coerente e sistematizado e que atinja a todos trazendo excelência na educação.

Indicação da obra: Professores e pesquisadores na área da educação.

3 comentários:

  1. Isso mesmo....O currículo é sempre encarnado numa certa cultura e numa determinada sociedade. Muito bom o seu fichamento!

    ResponderExcluir
  2. BOM DIA! QUAIS AS PÁGINAS DESTE CAPÍTULO?

    ResponderExcluir